quarta-feira, 11 de novembro de 2020

 Ronald McDonald Trump


Ronald McDonald Trump era um palhacito que gostava muito de ser o centro das atenções e de dar o seu show sempre que tinha alguém disposto a ouvi-lo.

Certo dia, Ronald McDonald Trump e o seu amigo Mike Pence descobriram uma lotaria especial que existe apenas de 4 em 4 anos. Em tom de brincadeira Ronald McDonald Trump comprou uma rifa apostando com o seu amigo Mike Pence que iria ganhar, pois tinha nascido para ser um vencedor.

O que é certo é que ganhou. E o prémio era nem mais, nem menos que uma bicicleta. Mas atenção, uma das boas, daquelas com suspensão à frente e no quadro, com travão de disco e um assento glorioso daqueles com uma bifurcação à frente abrindo alas para a gigantesca tomatada do vencedor.

Durante 4 anos Ronald McDonald Trump usou, abusou e testou todos os limites da bicicleta que lhe saiu na rifa. Passou sinais vermelhos, conduziu em contramão na auto-estrada, atropelou pessoas, animais inocentes parando a meio das viagens para se aliviar em fontes de água potável. Tudo isto alegando que a bicicleta era dele por direito e que podia fazer com ela o que queria, porque ELE TEM SEMPRE RAZÃO!

No final do 4º ano havia apenas dois tipos de opiniões em relação a Ronald McDonald Trump: uns adoravam-no, riam-se e apoiavam tudo o que fazia, e outros viviam revoltados com a infantilidade, egoísmo, falta de respeito e empatia que este destilava para com o mundo e os outros.

Assim que começou a venda de rifas da nova lotaria, Ronald McDonald Trump, apostou novamente com o seu amigo Mike Pence que voltaria a ganhar e que seria um vencedor incontestável. Mas desta vez foi ainda mais longe alegando que se não vencesse seria uma injustiça inqualificável.

Uma vez anunciado um novo vencedor Ronald McDonald Trump ouve tudo menos o seu nome e fica em negação. Ronald sabe que a bicicleta que ganhou há 4 anos está gasta e já não anda, mas a revolta interior impede-o de permitir que o novo vencedor fique com a nova bicicleta.

O problema é que Ronald não entende que o seu tempo de gozar a vitória e o prémio já passou e que agora chegou o momento de um novo vencedor adulto e maduro assumir a condução da nova bicicleta de forma responsável e inteligente dando o exemplo aos outros, contribuindo para uma sociedade e mundo melhores com base na sensatez, compreensão e tolerância.

Resta agora saber se Ronald McDonald Trump é capaz de fazer uma auto-avaliação, encarar a realidade e mudar de atitude ou se vai continuar a chorar que nem um palhaço triste enquanto olha para o seu umbigo e ignora o facto do novo vencedor representar um sinal de esperança. Uma luz ao fundo deste túnel negro chamado Coronavirus.

Por muito obvia que seja esta última a sua escolha final, há um facto que é inegável: Ronald McDonald Trump foi derrotado. Temos pena. É lidar. Que saia o palhaço e entre o Líder !



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